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terça-feira, 6 de setembro de 2011


BOMBA RELÓGIO
Mais de 1.200 cavalos aprisionados em um Opala pronto para explodir recordes na pista
 
            Em primeiríssima mão apresentamos a você o Opala Pro Mod 07, uma verdadeira usina nuclear de última geração. Após cinco anos de cálculos, construções e ensaios em dinamômetro, o carro chega aos primeiros testes na pista. A receita explosiva tem chassi 100% tubular, feito por Carlinhos G&R, diferencial Mark Williams modular, câmbio Big Brute, turbo Bullseye S480 e motor GM 250 com cabeçote Berta. O recorde de potência da Dynojet em São Paulo foi pulverizado,           1.030 cavalos nas rodas, agora é a vez das marcas de pista.
            Quem aperta o acelerador e liberta toda explosão de potência do Opala 07 é Álvaro Márcio, piloto mineiro, parado nos boxes desde 1989. O último carro de arrancada que ele pilotou foi em 1988, um Opala com três Weber 48 IDA, cabeçote Berta e pneus Slick. Um ano depois participou das Mil Milhas de Interlagos, de Opala também e, desde então, esteve dedicado aos negócios da família e arquitetando seu retorno às pistas.
           
            Enriquecimento de urânio
            A produção dos mais de 1.200 cavalos é feita pelo motor de 4,1 litros, pressionados por duas atmosferas e meia e enriquecido por methanol, entregue por meio de 12 injetores de 160 lbs/h. Com 1,7 kg de pressão de turbo, existem 890 cavalos nas rodas, com 2kg aparecem mais 50 'puro sangue' e, finalmente, os 2,5 kg explodem 1.030 cavalos nas rodas até as 7.800 rotações, com 110 kgm de torque as 6.400 rotações.
            A usina foi construída por Edinho Simões Costa, da Stock Box, um mestre da preparação de motores. A montagem do carro seguiu em paralelo na Stock Box sob responsabilidade de Jefferson Ferreira, que agora se dedica em tempo integral ao acerto do carro.
            A parte de baixo do motor tem virabrequim original GM 250, com bielas de alumínio 6” BME e pistões Ross 3 7/8” + .020”. As soluções de Edinho para suportar a potência, estão nos mancais especias do virabrequim e no enchimento das galerias de água com Hardblok. O comando de válvulas tem uma história curiosa, como conta Álvaro: “Ele é fabricado pela Bullet, que também faz os comandos de Tony Schumacher, campeão NHRA de Top Fuel. Pedi para fabricarem um aspirado e dois turbo, conforme as fichas que eu havia enviado. O comando de turbo era para ser igual ao de um grande motor de arrancada aqui do Brasil. O ‘Mr. Bullet’ me retornou perguntando se o comando de turbo era para passear ou correr, então eu respondi que era para corridas e ele logo retrucou que era para esquecer a ficha enviada, pois ele faria um comando de corridas de verdade para mim”.
            O parte de cima da usina é o principal motivo da construção do carro. “Tenho esse cabeçote Berta de dutos individuais desde 1984 e resolvi montar o carro apenas para usar ele. É feito em ferro fundido e usa peças de Opala mesmo, nesse caso válvulas Manley, molas Kmotion K-950 e balanceiros roletados Crower”, lembra Álvaro.
            Por fora do motor, o exótico sistema do turbo compressor salta aos olhos. Uma admissão bastante volumosa recebe o ar resfriado por um watercooler Spearco, que fica dentro do carro. A pressurização de todo sistema é feita em alumínio e tem mais soldas do que estamos acostumados a ver, pois não foram usadas curvas fundidas, apenas seções de tubo retos, recortadas em ângulo - haja paciência, hein! O coletor de escape é outra construção nuclear, note o quanto é longo. “A intenção era deixar o turbo o mais longe possível do calor. Toda a perda de temperatura que ocorre ao longo dos tubos, faz o turbo trabalhar mais frio. O resultado disso é que mesmo sem watercooler, a temperatura do ar na admissão com 2,5 kg de pressão ficou em 48°, com o Spearco ligado caiu para 12°.
           
            Base de lançamento
            O chassi é feito em aço carbono, criado e executado por Carlinhos G&R, o mais requisitado construtor de chassis de arrancada no país. Duas longarinas retangulares são a fundação da estrutura tubular, que forma todo o carro. A distância entre-eixos do Opala foi alongada em 4” e a parte da carroceria que cobre essa extensão, é o vão atrás da roda dianteira. O motor é conectado ao chassi por dois plates, sem suportes laterais. A distância do bloco em relação ao diferencial é 2” menor que a distância original do Opala.
            A parte frontal do chassi é ligada às rodas por torres em alumínio (strut), com amortecedores e molas do tipo coil over, e um completo sistema de direção, tudo fabricado pela Art Morrison. As rodas de tração são atacadas pelo chassi por meio de uma suspensão do tipo four link, integrada ao diferencial Mark Willians modular. Esse sistema de transmissão/suspensão é peculiar por utilizar três amortecedores (dois verticais QA1 e um horizontal AFCO, na parte superior) e ter a carcaça do diferencial fragmentada em módulos. “Esse diferencial suporta até 4.000 cavalos e pesa apenas 68 kg inteiramente montado: com freio, pontas e relação”, conta Álvaro.
           
            Primeiros lançamentos         
            A primeira vez a gente nunca esquece, e certamente Álvaro não esquecerá da primera rolada no dinamômetro e da arrancada inaugural na pista. O primeiro teste de potência resultou em danos massivos a um motor GM 292, que prometia bastante. Depois veio o 250 que tomou a posição de seis cilindros turbo mais potente, testado na Dynojet. Na pista de Curitiba, onde o carro passou pela primera vez na ‘water box’, o dano massivo foi no câmbio Big Brute. Se o segundo teste de pista for vingativo como foi o do dinamômetro, a casa vai cair. “Só tive tristeza com esse câmbio, me desentendi com o fabricante desde a compra. Ele mandou peças erradas, usadas e mal ajustadas. Devo comprar um Powerglide ou Lenco para tentar andar ainda na terceira etapa do Brasileiro. Isso faz parte, é pouco perto da paciência que tive para ver o carro nascer.  Agora é só alegria e quero entortar a borboleta para ficar mais feliz ainda”, dispara Álvaro.
            O cientista maluco, Jefferson Ferreira e o piloto pretendem dar sequência no desenvolvimento do carro nas provas do Campeonato Brasileiro. A meta é acertar o chassi e a tocada com o motor de seis cilindros e, depois, partir para uma usina mais potente: um V8 biturbo. Na briga de super potências que será nossa nova Pro Mod, toda munição é bem vinda, pois o 07 enfrentará motores big block de grosso calibre.     
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